Conheça as 20 vias campeãs de acidentes de trânsito que resultaram em morte no Rio

Dados do Plano de Segurança Viária da Cidade do Rio de Janeiro (PSV-Rio) lançado na manhã desta segunda-feira pelo secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz e o presidente da CET-Rio, Joaquim Dinis, em cerimônia no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), mostram que apenas 20 vias da cidade concentram 38% dos acidentes de trânsito fatais registrados no período entre 2018 e 2020. A informação se baseia em números do Instituto de Segurança Pública (ISP). Eles levam em conta o volume de sinistros por quilômetros, que coloca a Avenida Presidente Vargas à frente de vias maiores como a Avenida Brasil que, com seus cerca de 60 km de extensão, em números absolutos é a campeã (14,2%). A Rua Leopoldo Bulhões, a Avenida Pastor Martin Luther King e a Avenida Ayrton Senna também encabeçam a lista.

No ano passado, as vias cariocas registraram um total de 23.971 acidentes em que as vítimas precisaram de atendimento médico, resultando num gasto mensal de cerca de R$ 80 milhões, segundo o secretário municipal de saúde. A meta da prefeitura é reduzir essas ocorrências em 20% até o final do ano que vem e chegar a 2030 com uma queda de 50%. O Plano de Segurança Viária é uma das estratégias da prefeitura para reduzir essas ocorrências.

—Para isso, o prefeito Eduardo Paes instituiu o Comitê de Segurança Viária, presidido pela saúde, cujo objetivo é produzir informação qualitativa para que se possa saber onde os acidentes ocorrem, qual a característica e ajudar a desenhar o planejamento para a redução de acidentes nessas localidades. A maior preocupação hoje é com a Presidente Vargas — disse o Soranz, que citou ainda como alvo de preocupação da prefeitura a Estrada da Gávea, próximo da Rocinha , e a Estrada do Itararé, no Complexo do Alemão, que, no entanto, não aparecem na lista do ISP.

Soranz e Dinis explicaram que o objetivo da prefeitura é cruzar tanto as informações do ISP como as encaminhadas pelo Corpo de Bombeiros para definir as prioridades. O comitê, que é presidido pelo secretário de saúde, vai ser reunir mensalmente e vão definir as vias que vão receber intervenções. As medidas para reduzir a ocorrência dos acidentes, segundo o presidente da CET-Rio, podem ser uma melhoria no espaço para os pedestres caminharem, mudanças no trecho de travessia das vias ou até mesmo um melhor reordenamento do uso das vidas pelos diversos tipos de veículos.

— A ideia é identificar cada um dos locais onde têm grandes índices de acidentes de trãnsito e quais são as medidas mais adequadas para implantar – explicou Dinis.

O GLOBO mostrou que uma das medidas em estudo é a criação de um corredor específico para a circulação de motocicletas, a exemplo do que já acontece em São Paulo. Dados georreferenciados compilados pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) com base em estatísticas do Corpo de Bombeiros mostram que no período de um ano (maio de 2022 a maio de 2023) foram registrados 23.971 acidentes em que as vítimas precisaram de atendimento médico.

Destes, 15.002 — ou cerca de 62,6% — envolveram motociclistas em situações diversas, o equivalente a 41 acidentes por dia ou quase duas ocorrências por hora. O número inclui atropelamentos, quedas e colisões com outros veículos.

Onde acontecem mais acidentes, por quilômetros:

  1. Av. Presidente Vargas
  2. R. Leopoldo Bulhões
  3. Av. Pastor Martin Luther King Júnior
  4. Av. Brasil
  5. Av. Ayrton Senna
  6. Av. Infante Dom Henrique
  7. Av. dos Italianos
  8. Estr. Adhemar Bebiano
  9. Av. Cesário de Melo
  10. Av. Atlântica
  11. Av. Braz de Pina
  12. Av. de Santa Cruz
  13. Estr. do Galeão
  14. Av. Dom Hélder Câmara
  15. Av. das Américas
  16. Estr. dos Bandeirantes
  17. Av. Dom João VI
  18. Av. Governador Carlos Lacerda
  19. Av. Lúcio Costa
  20. Via Expressa Presidente João Goulart

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