General afirma que lado político precisa ser levado em conta no assassinato da vereadora. Em entrevista exclusiva à GloboNews, Richard Nunes fez balanço do primeiro mês da intervenção.
Por GloboNews
general Richard Nunes, secretário de Segurança do Rio de Janeiro nomeado pelo interventor federal Braga Netto, fez um balanço da intervenção federal na área de segurança. Segundo ele, o combate aos roubos de cargas e de veículos será uma das principais ações a partir de abril de 2018. O general participou de entrevista no programa Estúdio I, da Globonews nesta quinta-feira (29).
“Estamos trabalhando, estruturando as corporações, com novas lideranças. Nós temos a expectativa é de diminuição dos índices de criminalidade. Nós vamos atuar, de maneira impactante, já no mês de abril, para reduzir esse tipo de crime porque é um tipo de crime que afeta bem mais a sociedade”, explicou o general.
O general afirmou durante o programa que, no mês de abril, haverá novas operações contra roubos de cargas, que terão um diferencial: a atuação na prevenção ao crime.
“Já conseguimos dado de inteligência robustos, para atuar não apenas naquele varejo, na carga recém-roubada, mas com prevenção. Quem rouba não vai ter onde deixar a carga. A gente já tem o clareamento de determinadas manchas, e por isso o trabalho investigativo fica muito mais fácil. E aí entra a integração”, explicou.
Caso Marielle e a motivação política
Secretário de Segurança do Rio comenta investigações do caso Marielle Franco
A morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes completou 15 dias nesta quinta-feira (29). Segundo o general, o crime pode ter relação com a atuação política de Marielle. Ele ressaltou a cooperação com a Polícia Federal e os trabalhos de inteligência.
“Temos mais de um indivíduo participando desse evento, temos mais de uma linha de investigação, precisamos fechar a dinâmica com outros órgãos. Mas eu saí da reunião otimista. A atuação política dela, não só de momento mas de futuro, indica que a gente tem que ter um olhar mais acurado nessa direção”, afirmou o secretário
O secretário praticamente descartou motivações pessoais noo assassinato da Marielle.
“Havia outros rumores sobre outros tipos de ligação, até de área pessoal, nós estamos descartando. Outra coisa também que se disse foi sobre relacionamento com assessores, demissões, não foi nada disso”, disse Nunes.
De acordo com o secretário, 30 depoimentos já foram tomados sobre o caso. Nesta quinta, a polícia ouviu cinco pessoas.