Entidades que representam o setor de transporte de cargas, representantes da Comissão de Viação e Transporte e agentes policiais discutiram, durante o XVIII Seminário Brasileiro do Transporte Rodoviário de Cargas, ação integrada entre as forças policiais para o combate ao crime e lei mais duras contra os receptadores.
O seminário aconteceu no dia 5 de maio, no Auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados.
Segundo Roberto Nira, Representante da NTC Logística, em 2017 foram registrados 25.970 roubos de mercadorias em todo o País, representando um prejuízo de R$ 1,574 bilhão.
O deputado Hugo Leal (PSD-RJ) foi um dos autores do requerimento para a realização do seminário com representantes das categorias do transporte de cargas no País, defendendo a integração de segurança entre as polícias para combater de forma mais efetiva essa modalidade de crime.
“Se o crime é organizado é porque a segurança pública é desorganizada. Não no sentido de faltar disciplina, mas no sentido de cada um ter sua base de dados. Se os sistemas não se comunicarem, nós continuaremos enxugando gelo”, afirmou.
Agentes policiais defendem maior rigor da lei contra os receptadores de cargas roubadas, ou seja, se não houver uma pena maior para esse tipo de crime, as polícias vão trabalhar enxugando gelo.
O eixo Rio São Paulo é a região do País onde mais acontece esse tipo de crime, onde, segundo dados recentes, apontam que a maioria das cargas roubadas nessa região é de produtos perecíveis, por serem mais fáceis de vender, dentre eles estão, alimentos, cigarros e bebidas.
Operações
O diretor geral da Polícia Federal, Renato Dias, destacou que o órgão está empenhado em combater o roubo de cargas e tem atuado sistematicamente nas rodovias, principalmente no eixo Rio-São Paulo onde se concentra 85% dos roubos.
“Foram mais de seis operações temáticas. Alguns estados como Goiás, Minas Gerais, Bahia, tiveram essa operação replicada dentro do mesmo ano e nós temos alcançado excelentes resultados através dessa integração com as forças policiais e uma atuação muito forte na área de inteligência da polícia federal”, informou.
Informações da Agência Câmara