Profissionais se reúnem quinzenalmente no CICC para discutir estratégias
Dentro da política de integrar forças para alcançar melhores resultados na Segurança Pública, foi criado o Grupo de Enfrentamento ao Roubo de Cargas, que se reúne quinzenalmente no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC). A equipe, composta inicialmente pelas polícias estaduais e Forças Federais, convida representantes públicos e privados para reuniões. Para comandar o grupo, que já apresenta como resultado uma queda nos índices de roubo de cargas, está o subsecretário de Comando e Controle, Rodrigo Alves.
Qual é a missão do grupo?
Rodrigo Alves – O secretário Roberto Sá determinou a criação de um grupo de multiagentes para que pudéssemos estudar essa tipo de crime. Ficou instituído que a coordenação seria da Subsecretaria de Comando e Controle, com a participação da Subsecretaria de Inteligência, das polícias Militar e Civil e do Instituto de Segurança Pública (ISP), para construirmos um plano e acompanharmos as ações repressivas e preventivas.
Quais foram os primeiros resultados dessa integração?
Alves – Fechamos setembro com um índice de roubo de cargas 24% menor do que no mesmo mês de 2016. A presença da Força Nacional e da Polícia Rodoviária Federal em apoio às polícias estaduais faz com que tenhamos mudança de tendência nessa curva.
Haverá envolvimento de outros representantes no grupo?
Alves – As polícias Federal e Rodoviária Federal, a Força Nacional, que já citei, e a Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública) já estão participando. E para a próxima reunião convidaremos um representante do governo municipal (da capital). Sentimos a necessidade de trazer o parceiro da iniciativa privada, porque quem sofre as consequências desse roubo, diretamente, são as empresas. Por isso, convidamos o Sindicargas. O sindicato traz a realidade do empresariado. Vamos convidar outros parceiros que possam colaborar com o trabalho.
Qual é a outra ponta que precisa ser combatida?
Alves – Temos o problema do consumo dos produtos roubados, há uma parcela da população que adquire isso e fomenta esse mercado. O roubo de cargas, além de ser uma modalidade criminosa que emprega grande violência, com cárcere privado e risco de vida do motorista, atinge a população como um todo. O roubo leva a um custo adicional por parte das empresas, que é repassado para o consumidor final. Por isso, estamos planejando um trabalho de conscientização.
Qual é o ponto fundamental para decidirem estratégias?
Alves – A partir dos índices do ISP, temos o diagnóstico do que estamos enfrentando naquele momento.
Há um tipo de carga mais visada?
Alves – Aquelas mais voltadas para a fácil comercialização. Por exemplo, gêneros alimentícios e celulares.
Durante quanto tempo o grupo irá atuar?
Alves – Ele foi criado para ser permanente.