Segundo delegado, carga é avaliada em R$ 150 mil; vídeo mostra detenção.
Veículo carregado com 55 mil l foi recuperado; comparsas estão foragidos.
Do G1 GO
O dono e o gerente de um posto foram presos nesta terça-feira (3) suspeitos de participação no roubo de uma carreta carregada com 55 mil litros de combustíveis, em Goiás. Segundo a Polícia Civil, Gustavo Borges, de 36 anos, proprietário do estabelecimento, e o funcionário Nylander Gonçalves, de 32, aquietaram o crime, cometido por outros dois homens que estão foragidos. A carga, avaliada em 150 mil, foi recuperada.
Imagens feitas pela polícia mostram o momento que a dupla é detida (veja vídeo). Os dois são abordados [Gustavo de camisa jeans e Nylander com camisa listrada] e revistados no escritório do posto e, em seguida, são algemados.
A operação foi denominada “Bomba 157”, em alusão ao crime de roubo. De acordo com o delegado Alexandre Bruno de Barros, titular da Delegacia Estadual de Repressão a Roubo de Cargas (Decar) e responsável pela investigação, o roubo aconteceu no último dia 30 de novembro, na GO-060, em Cromínia, quando a carreta seguia para Goiatuba.
Dois homens armados, que segundo a polícia, foram contratados por Gustavo e Nylander, abordaram o motorista e conseguiram levar os combustíveis – gasolina, etanol e diesel.
“Fomos acionados e conseguimos flagrar, no mesmo dia, o caminhão de descarregando o produto no posto. Fizemos a abordagem e recuperamos a carga e o veículo, mas, na ocasião, o gerente e o dono conseguiram fugir”, disse Barros.
O estabelecimento fica na Avenida Consolação, Setor Industrial Mooca. Quando a carga foi recuperada, as bombas foram lacradas em uma ação da polícia com a secretária da fazenda. Mesmo sabendo que eram investigados, os suspeitos foram ao local nesta manhã e conseguiram reabrir, ocasião em que foram detidos.
Vida de luxo
O delegado revelou que o dono do posto vive uma vida de luxo e ostentação. Ele possui carros de luxo e mora em um apartamento de alto padrão – sendo um por andar – em frente ao Parque Areião, região muito valorizada de Goiânia.
“A questão patrimonial, é bom frisar isso, a Polícia Civil se preocupa com isso também. Dentro desse inquérito policial que será remetido ao Poder Judiciário, ali vai algumas medidas de sequestro e hipoteca do patrimônio que, bem provavelmente, foi angariada relacionada a essas práticas delituosas”, explicou.
Barros explicou que os dois foragidos já foram identificados e têm os pedidos de prisão expedidos pela Justiça. Ele afirmou que eles ainda não foram detidos por “questões estratégicas”, uma vez que ambos também são investigados em outros crimes semelhantes.
Os envolvidos serão indiciados pelos crimes de organização criminosa, roubo e receptação. Se condenados, podem pegar até 30 anos de prisão.