Operação Caminho Curto cumpriu, até as 11h, 10 dos 27 mandados de prisão no Complexo das Retas.
Por G1 Rio
As investigações da Polícia Federal que ajudaram a desmantelar uma quadrilha de roubo de cargas na manhã desta sexta-feira (13) em Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio, mostraram que a prática era uma maneira de reforçar o poder dos criminosos no Complexo das Retas.
Até as 11h, agentes cumpriram dez dos 27 mandados de prisão. Entre o material apreendido estão armas e pelo menos 15 kg de entorpecentes.
“O tráfico também conta com o roubo de cargas para fazer caixa e pagar despesas operacionais”, ressaltou Enrico Zambrotti, delegado-chefe de operações da Polícia Federal em Niterói, que cuida de 14 municípios.
Ele usou como exemplo um carregamento de R$ 300 mil que seria usado para a compra de pistolas Glock, semelhantes às usadas pela própria PF.
Segundo Wanderson Pinheiro, chefe da Delegacia da Polícia Federal em Niterói, a cidade de Itaboraí possui uma grande malha rodoviária, que favorece o escoamento do material roubado. A investigação sobre como atuava a quadrilha levou seis meses.
“O roubo de cargas acabou se transformando em uma das principais fontes de renda do tráfico”, explicou Pinheiro.
Um dos presos é Lidomar de Oliveira Brant, o Dodô, que já estava no complexo penitenciário de Gericinó. A PF suspeita que ele comandasse a quadrilha de dentro da prisão.
“A gente acredita que grande parte da carga tenha sido absorvida por pequenos comerciantes e donos de mercado na Região dos Lagos”, destacou Zambrotti.
Operação Caminho Curto apreendeu 15 kg de drogas (Foto: Divulgação/PF)