A média foi calculada pela Firjan, com os dados do Instituto de Segurança Pública.
Em 2016, foram registrados mais de 9 mil casos do crime.
Por RJTV
o aumento dos números de roubos de carga no Estado do Rio de Janeiro, o valor do prejuízo acaba chegando aos consumidores. De acordo com um levantamento da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), uma carga é roubada a cada hora e meia no RJ. Essa é a média de roubos dos últimos cinco anos. Os dados usados como base para o estudo são oficiais, divulgados pelo Instituto de Segurança Pública (ISP).
Os casos de roubo de cargas triplicaram no Estado do Rio de Janeiro desde 2011. Em 2016, foram registrados mais de 9.862 mil casos.
“As seguradoras não querem mais fazer contato com as seguradoras. Isso causa um problema. Porque o transportador vai ter que arcar com o prejuízo e quem vai pagar essa conta é o consumidor final”, explicou Venâncio Alves de Moura, diretor de segurança do Sindicargas.
A violência tem um impacto econômico. De acordo com as empresas do setor de transportes, o prejuízo registrado superou R$ 600 milhões no ano passado. Isso aumenta as despesas com equipamentos de segurança e rastreamento, por exemplo. Quem paga a conta final é o consumidor, que terá que pagar por um produto mais caro, já que estes custos são repassados.
“Um exemplo claro seria um fogão. Se você tem um fogão pra chegar na loja custando R$ 1 mil, esse custo extra chega custando R$ 1,235 mil. Isso afeta tudo. Não só fogão. Arroz, feijão, celular. O Estado também perde o tributo daquelas vendas”, explicou Riley Rodrigues, economista da Firjan.
Em 2016, a maior parte dos casos foi registrada em bairros da Zona Norte da cidade e em municípios da Baixada Fluminense. Os sindicatos e as indústrias cobram mais ação da polícia. Eles pedem mais patrulhamento nas estradas e avenidas, além de reforço nas investigações sobre o assunto.
“Você tem mais de 25% dos casos ocorrendo em um trecho de 4 quilômetros da Avenida Brasil. Falta repressão direta e combater elos. Enquanto você tiver pontos que vendem cargas roubadas e sem repressão muito forte sobre eles, dificilmente vamos ter resultados satisfatórios”, explicou o economista da Firjan.
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