Greve dos caminhoneiros prejudica abastecimento nos pontos de venda.
GloboNews
O Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis do Rio confirmou que já está faltando gasolina em postos da capital. O desabastecimento afeta ainda as lojas de conveniência.
O fornecimento está prejudicado desde as 10 horas de segunda-feira, por conta da paralisação dos caminhoneiros, que neste momento já afeta pelo menos 21 estados, incluindo o Rio de Janeiro, e o Distrito Federal.
A reportagem esteve em dois postos na Tijuca e constatou bombas de gasolina e etanol secas.
O diesel não chegou às garagens de ônibus, e motoristas enfrentaram filas em vários postos na madrugada desta quarta-feira (23).
Manhã de transtornos
Às 6h53, caminhoneiros chegaram a bloquear quatro faixas da Avenida Brasil, no trecho entre Jardim América e Parada de Lucas, em direção ao Centro do Rio, interrompendo totalmente o trânsito. Às 7h, os manifestantes ocupavam apenas uma faixa, mas o congestionamento na via era grande. Este é o terceiro dia de protestos dos caminhoneiros nas estradas do Estado do Rio.
Na Rodovia Presidente Dutra, na altura de Barra Mansa, manifestantes se concentraram no acostamento da via e em alguns postos de combustíveis. Por volta das 6h30, eles atearam fogo a alguns pneus, dificultando a visibilidade de motoristas que passam pela região.
Na Ceasa, alguns alimentos já registram alta nos preços por causa da dificuldade no transporte. O saco de batata, geralmente vendido a R$ 60, chegou a ser vendido a R$ 400. A caixa de tomates, geralmente vendida a R$ 40, estava sendo vendida a R$ 80 na terça-feira (22).
Os comerciantes afirmam que muitas mercadorias estão presas nas estradas e não chegam ao Rio. “[O caminhão] não chegou até agora. Era para estar aqui desde meia-noite”, contou um dos trabalhadores.
Às quartas-feiras, descarregam em média 340 caminhões durante a madrugada. Mas, hoje, foram só 75. A maioria que consegue chegar vem de dentro do Estado do Rio. De fora vêm frutas e legumes.
RIO DE JANEIRO